Texto publicado mês de Outubro na Revista Vitrine – ARevista ( Japão)

A saída do labirinto

Por muitas vezes já me questionei sobre algumas ciladas e frustrações e não fui capaz de responder.É complicado quando surge um grande problema na nossa frente e ao mesmo tempo milhares de possibilidades, caminhos e idéias para percorrê-lo, mas nenhuma dessas com um grau de segurança ou melhor , de certeza.Inevitável não pensar que todo mundo vive ou já viveu isso. Chega ser temeroso e muitas vezes fatal para a confiança e auto-afirmação.

Já ouvimos diversas vezes a seguinte frase: “Errar é humano, persistir é burrice” , eu complemento “… não acho tolice”, já que todos tem a chance de tentar novamente (não precisa ser pelo mesmo caminho) ; e a persistência é um dos maiores valores que o ser humano deveria cultuar. Ela que nos leva viver a vida com mais esperança, motivação e crença, de que tudo é possível, quando se acredita.

Já ouviu falar da luz do fim do túnel? Sim, ela existe. E sua presença só é revelada quando existe comprometimento.

Comprometimento em observar ao seu redor ( parar, olhar, escutar) , se permitir visualizar, identificar, ouvir atentamente tudo aquilo que as pessoas e o mundo tem para dizer.

Muitas pessoas vivem no dia-a-dia, suas rotinas, sem muito preocupar-se com o que está acontecendo à sua volta.

Parece tudo igual e se repetindo. Talvez essa seja a fuga da impressão negativa que toma conta da mente de grande parte da nação mundial. Essa gama de pessoas faz parte de um grande grupo, a qual vou identificar como, “os pilotos automáticos”.

Acorda, toma banho,escova os dentes, toma café, trabalha, almoça, trabalha, vai pra academia, janta, toma banho, dorme. E, mais um dia se foi…

Muita gente vive a rotina. Não que isso seja ruim, pelo contrário, muitos médicos e especialistas reinvidicam uma vida rotineira para uma melhor saúde. Uma vida regrada, com horários pré-estipulados…porém, não alertam sobre os grandes males de viver uma rotina, ao pé da letra.

Os grandes acidentes de percurso e os males das maiores deficiências do mundo encontram-se em respostas nada mais diretas do que estímulos e atitudes impensadas, tomadas pelo “piloto automático” de não ter percepção e sensibilidade, de perceber tudo aquilo que está ao redor.

Se pararmos pra pensar que assim como disse Einstein, na década de 30 em uma carta ao seu filho, falando sobre o bom senso e a harmonia das coisas : “A vida é como andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio, é preciso se manter em movimento.”

Movimento, em todos os sentidos e direções…

Não é preciso enfatizar mais nada pensando dessa forma. Quando estamos antenados no mundo, dificilmente entramos numa grande cilada ou frustração. É mais fácil enxergar nitídez na luz do fim do túnel, quando temos percepção da iniciativa e tomada de atitude.

O livre arbítrio é a escolha, de poder decidir o que você quer, o que você gosta e aquilo que te convêm. A vida é feita de escolhas, mas para viver intensamente é preciso ter coragem para mudar, ousadia para lidar com o medo, garra para vencer…

E nada disso é bastante se você não tiver humildade de reconhecer os próprios erros e recomeçar. A fé , tem que existir dentro de você. Ela tem que te mover adiante, percorrendo territórios nunca antes trilhados, mesmo sem sombra de visualização, mas com intuição, percepção e muita disposição.

Quando se quer algo, dificilmente não se consegue. A vida tem inúmeras possibilidades.

Em tempos de crise, é hora de buscar caminhos alternativos. Amanhã, ao acordar, lembre-se em ( parar, olhar, escutar) , e perceba que atitudes como um “BOM DIA”, “DESCULPE”, “MUITO OBRIGADO”, pode ser mediador de uma grande mudança na sua vida.

Redobre suas energias e usufrua da maior delas, que é você.

Pauê