Bate papo com Pauê

Matéria publicada no Jornal Boqueirão News.

Leia abaixo a matéria redigida:

 Paulo Eduardo Chieffi Aagaard é seu nome de registro. Um  jovem  santista de 26 anos, destaque no esporte, literatura, nas palestras  e  como consultor, no Brasil e no exterior, além  de muitos títulos  e prêmios. Todas essas aptidões e títulos para um jovem já seriam motivo de orgulho, mas estamos falando de um rapaz bi-amputado devido a um  atropelamento  por  um  trem  de uma linha desativada de São Vicente, há  oito  anos, quando perdeu as duas pernas. Foram quase dois meses de UTI, várias cirurgias, desespero, raiva, tristeza, enfim todos as dores possíveis. Entretanto, Pauê contou com a ajuda da família e dos  amigos, chegando à conclusão que teria que tomar uma atitude em  relação  à sua  nova vida. A partir daí, como esportista que sempre foi, decidiu dar a volta por cima também pelo esporte. Sua prioridade era voltar a surfar. Para isso, a natação e a musculação foram fundamentais em sua recuperação, pois em menos de três meses, de  muita fisioterapia e determinação, ele voltou a andar e surfar  tornando-se o primeiro e único surfista bi-amputado do mundo. Confiante no poder do esporte em sua recuperação, sentiu que poderia experimentar o triathlon (natação, ciclismo e corrida). Dois anos após o acidente, tornou-se Campeão Mundial na categoria bi-amputado, no México, em 2002, além de vários outros títulos dos quais falaremos a seguir.  
Recuperação física e emocional
Tive o apoio fundamental dos meus parentes e amigos  na inclusão de volta ao mundo. Tive também ajuda de alguns profissionais da área de educação física e fisioterapia. A parte psicológica foi preenchida pela atividade esportiva, que ludicamente me colocava de igual para igual com outras pessoas. Aos poucos, me senti pleno e a socialização se deu gradativamente, na medida que eu me permitia posicionar de forma diferenciada diante da minha nova configuração ao mundo.
Casamento e filhos
Namoro há 4 anos com uma mulher maravilhosa que amo muito. Quero filhos, sim, mas não agora. Quero primeiramente conquistar algumas coisas antes dessa etapa.

Títulos
Além do título mundial, conquistei outros, como o bronze no Pan-americano da modalidade, pentacampeonato do Troféu Brasil, e ainda diversos outros prêmios.Como exemplo cito a categoria Educação, pelo jornal O Globo, referente ao conceito de “salvar vidas” por meio das palestras realizadas pelo Brasil.

Livro
O livro Caminhando com as Próprias Pernas (lançado em outubro), é uma das mais novas atividades, por meio de lançamentos e campanhas do livro.
Documentário
O meu mais novo projeto é  O Passo de um Vencedor, um  documentário que narrará minha trajetória rumo a um grande desafio. Todos os meus projetos giram em torno do trabalho de correlacionar a superação humana com a das pessoas. Acredito que por meio do meu histórico de vida posso encorajar muita gente para a mudança, proporcionando uma reflexão de mundo sobre os obstáculos e desafios da vida.


Força que nos rege.

Sorte
Uma ótica positiva.
Azar
Olhar pessimista.
Destino
É a gente que faz, embora existam caminhos premeditados.

Vida
São os erros e acertos mesclados com os problemas e desafios. Viver é ter percepção do sentido da vida.
Ser deficiente físico
Precisa primeiramente que ele entenda sua realidade ou queira reagir, secundariamente ele precisa aceitar suas próprias limitações enfrentando-as.   Em seguida superar os inúmeros desafios que a vida oferece, identificando oportunidades e percebendo que a ótica de vida que ele conduzir vai depender da forma que ele acreditar.
Um livro, uma música e um filme marcantes
Livro: A última grande lição, de Mitch Albom.
Música: Down Under – Men At Work. Filme: E.T. (assisti umas 20 vezes) quando criança…

Sonhos
Tenho vários, principalmente o de ser útil à sociedade diante da realidade que a vida me permitiu. Quero continuar ajudando muitas pessoas , principalmente os que mais precisam. Pessoas com deficiência, carentes, enfermos, idosos…